O jovem de 24 anos que foi preso por importunação sexual após passar a mão na bunda de uma mulher, enquanto os dois desciam a escada rolante da Estação Bonocô, em Salvador, foi liberado nesta sexta-feira (16) após audiência de custódia. O crime foi filmado por um outro passageiro, que flagrou a situação.
A Justiça decretou a liberdade provisória de Raul Leal de Araújo porque não houve pedido de prisão preventiva da Polícia Civil e Ministério Público da Bahia (MP-BA). Na decisão, a juíza Marcela Moura França Pamponet justificou que, nessas condições, mantê-lo sob custódia configuraria a situação em “constrangimento ilegal”.
A liberdade provisória do suspeito foi decretada mediante as seguintes medidas cautelares:
- Compromisso de comparecer a todos os atos processuais e manter o endereço atualizado, sem se ausentar de Salvador, sem autorização judicial;
- Comparecimento bimestral em Juízo da instrução por um ano.
- Proibição de aproximação da vítima, familiares dela e testemunhas, fixando o limite mínimo de 500 metros de distância entre estes e o suspeito;
- Proibição de contato com as mesma pessoas por qualquer meio de comunicação.
Crime
O caso aconteceu na quarta-feira (14) e a mulher estava acompanhada de um amigo. Após gravar o crime, a pessoa que fez o vídeo abordou a vítima e mostrou as imagens, já fora da estação.
Em seguida, a pessoa que gravou o vídeo e a vítima conseguiram encontrar o suspeito, identificado como Raul Leal de Araújo, na Avenida Mário Leal Ferreira e uma discussão foi iniciada. Outras pessoas que estavam na rua e se revoltaram com a situação começaram a agredi-lo fisicamente.
Neste momento, policiais militares passaram pelo local e levaram o suspeito para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ele recebeu atendimentos médicos. Em seguida, o jovem foi levado para a Central de Flagrantes.
A polícia informou que a vítima foi encaminhada para o atendimento psicossocial.
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A defesa do suspeito informou que o cliente foi diagnosticado com problemas psiquiátricos e estava internado no final do ano passado. Além disso, faz uso de medicamentos para tratar a condição de saúde.
Ainda segundo a defesa do suspeito, é possível que ele tenha entrado em estado de surto.
Em nota, a CCR Metrô, empresa que administra o serviço, informou que repudia qualquer forma de assédio e que, em casos como esses, os agentes de atendimentos e segurança da empresa devem ser acionados para tomar providências.
A empresa ressaltou ainda que oferece um espaço exclusivo para o atendimento de mulheres vítimas de assédio e/ou violência. A sala “Elas à frente” fica localizada na Estação Pirajá.
Segundo a CCR Metrô, o espaço conta com uma equipe especializada, composta por uma psicóloga e uma assistente social da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).
Fonte: G1 / Foto: Reprodução
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