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Dólar sobe para R$ 5,76 com incerteza sobre revisão de gastos

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O dólar fechou em alta de 0,56%, cotado a R$ 5,76, nesta segunda-feira (11/11). Pela manhã, a divisa alcançou a máxima de R$ 5,81. O movimento reflete a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central (BC), que prevê uma inflação de 4,62% para 2024, as incertezas quanto ao anúncio de revisão de gastos do governo brasileiro e ainda as apostas do mercado em um juro real americano maior no governo do republicano Donald Trump.

Prometido em meados de outubro, o pacote buscar dar sustentabilidade ao arcabouço fiscal, e acalmar investidores quanto ao desequilíbrio das contas públicas do Brasil. A expectativa é que os números do corte sejam conhecidos ainda no começo desta semana. Na última sexta-feira (8/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou parte do dia reunido com ministros para tentar chegar a um acordo.

Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é fundamental que o pacote seja apresentado a senadores e deputados federais.

Em nota, analistas do Itaú disseram acreditar que é necessário um ajuste de R$ 60 bilhões nas despesas, sendo R$ 25 bilhões em 2025 e R$ 35 bilhões em 2026, para que haja “maior confiança na sustentabilidade do arcabouço fiscal e a subsequente queda na percepção de risco”.

Analistas entendem que o pacote precisa ser eficiente de tal modo que consiga aplacar os efeitos da eleição de Trump. O republicano já disse que deve aumentar tarifas entre 10% e 20% sobre praticamente todas as importações norte-americanas, o que deve inibir o comércio global e reduzir as exportações.

Nesta segunda-feira (11/11), um grupo de acadêmicos, sindicalistas, parlamentares e representantes de movimentos sociais assinaram um manifesto contra o corte de gastos. Na visão dos signatários, o verdadeiro problema não é a falta de recursos, mas a escolha de onde e como aplicá-los. Eles defendem a ampliação de investimentos públicos e a mobilização popular contra o pacote.

O Ibovespa fechou em baixa de 1,43%, aos 127.830 pontos, no menor nível desde 7 de agosto. Já o preço do bitcoin disparou, renovando o maior patamar da história, cotado a US$ 82 mil, cerca de R$ 470 mil. O otimismo com o universo cripto reflete as expectativas de investidores de que o governo Trump promova um ambiente regulatório mais favorável para as criptomoedas.

Fonte: Metrópoles / Foto: Carol Smiljan



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